As conspirações que te contaram, mas você não acreditou – #01

Descubra as teorias da conspiração que mudaram a humanidade!

cosmonautas - imagem criada com ia
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Desde que o mundo é mundo, existem histórias, lendas e meias-verdades que resistiram ao tempo, principalmente pela oralidade. E, claro, nesse processo deve ter surgido algo inventado por alguém; afinal, como diz o ditado, ‘uma mentira contada mais de três vezes vira verdade’.

Com o tempo, essas histórias receberam vários nomes, mas o que mais se popularizou foi ‘Teorias da Conspiração’. Isso porque elas costumam soar como verdadeiras tramas, muitas vezes tão fantasiosas que parecem impossíveis de serem reais.

Justamente por isso, vamos iniciar uma série de publicações, abordando teorias da conspiração famosas e outras nem tanto. Nosso objetivo é explorar aquelas que, quem sabe, podem ter um fundo de verdade


01 – ATLÂNTIDA

O primeiro registro histórico que temos de Atlântida vem de Platão, onde ele menciona a cidade nos textos “Timeu” e “Críticas”. Em Críticas, Platão narra a história de como o povo de Atenas teria derrotado uma civilização muito poderosa que vivia do outro lado das Colunas de Hércules (hoje, estreito de Gibraltar).

estreito de Gibraltar
estreito de Gibraltar – Google Maps https://zqz.lt/7

Atlântida seria uma ilha localizada no Oceano Atlântico e fora do Mediterrâneo. Seus habitantes seriam um povo de guerreiros que dominavam outras terras, possuindo uma tecnologia muito avançada para a época, como sistemas de irrigação, palácios e canais. Ainda segundo Platão, seriam uma sociedade rica, usando em suas vestes ouro, prata e oricalco (um metal desconhecido até hoje).

Eram devotos do Deus Poseidon e diziam ser seus descendentes. Contudo, tornaram-se uma sociedade corrompida pela ambição e sede de poder e, devido a isso, foram punidos pelos deuses com sua destruição. Nas palavras de Platão, ‘Num só dia e uma só noite terrível, a ilha de Atlântida desapareceu nas profundezas do mar’, o que indicaria um tsunami ou outro cataclismo que ocorreu na ilha.

Cidade de Atlântida - ilustração criada com ia
Cidade de Atlântida – ilustração criada com ia

Foi aí que as teorias começaram, pois só temos registro de Atlântida por Platão; ela não é mencionada, ao menos com esse nome, por nenhum outro escrito. Muitos sugerem que ela é apenas uma alegoria filosófica, para mostrar como o abuso de poder poderia destruir uma civilização, enquanto outros sugerem que ele teria se baseado em eventos reais, como a erupção do Vulcão Santorini (1600 a.C em Creta) ou inundação por degelo da última era do gelo, entre outros.

Caldeira de Santorini
Caldeira de Santorini – https://zqz.lt/8

A verdade é que Atlântida nunca foi encontrada, nem indícios confiáveis de sua existência. Ao longo do tempo, surgiram várias teorias de onde ela estaria, como: Ilhas Canárias, Chipre, Espanha ou Marrocos, Antártida, Turquia (Anatólia), Bolívia (Lago Titicaca), etc. e fica a pergunta, se Atlântida existiu mesmo, onde estão as suas ruínas?


02 – HAARP

O HAARP é um programa de pesquisa sobre a ionosfera localizado no Alasca (que pertence aos EUA), financiado pelo governo dos Estados Unidos. Ele é um programa conjunto entre a Marinha e a Força Aérea norte-americanas, com apoio de universidades.

HAARP - Google Maps https://zqz.lt/9
HAARP – Google Maps https://zqz.lt/9

O programa é composto por uma série de antenas que têm como objetivo o estudo da ionosfera, uma camada da atmosfera terrestre rica em íons e elétrons, visando desenvolver tecnologias que melhorem a navegação, as transmissões de rádio e a detecção de submarinos, além da investigação de fenômenos naturais como a aurora boreal e tempestades solares, para entender como elas afetam a tecnologia moderna.

Ele foi operado pelo Governo Americano de 1993 a 2015; depois, sua gestão passou para a Universidade do Alasca. O HAARP consiste em uma grande antena (formada por várias menores) transmissora chamada Ionospheric Research Instrument (IRI), capaz de enviar ondas de alta frequência para a ionosfera.

Por estar em um local isolado e gerido por duas agências militares do governo, teóricos da conspiração alegam que os EUA usam o HAARP para:

  • Causar terremotos, tsunamis ou erupções vulcânicas em qualquer lugar do mundo. Esses mesmos teóricos dizem que os terremotos do Haiti (2010) e Equador (2016), mais o tsunami do Japão (2011), foram causados pelo HAARP;
  • Controle mental de massas: a alegação diz que o sistema seria capaz de enviar sinais que influenciariam o comportamento humano, controlariam a mente e/ou causariam alucinações. Essa teoria usa como base alguns estudos que falavam que certas frequências poderiam afetar o cérebro; porém, esses estudos foram interpretados de forma errada, além da ligação com o MKUltra e outros programas de controle mental e de massa que a CIA tentava desenvolver;
  • Manipulação do clima: o HAARP seria capaz de gerar furacões, secas, enchentes ou nevascas;
  • Arma de guerra secreta: afinal, se ele é capaz de gerar terremotos, ele seria usado para destruir uma região ou país, sem a necessidade de movimentar tropas. Em 2017, o presidente Nicolás Maduro (Venezuela) chegou a dizer que um ataque com HAARP havia causado um terremoto no país;
  • Portais dimensionais e experimentos paranormais: as antenas seriam capazes de abrir portais para outras dimensões, trazer alienígenas à Terra ou invocar civilizações subterrâneas da Terra.

O fato é que não é possível fazer nenhuma dessas alegações a partir da ionosfera, e ainda há teoria científica que as contradiz. Se fosse possível, seria necessária uma quantidade de energia muitas vezes maior do que o HAARP consegue gerar hoje. Além disso, devemos levar em conta que existem estudos similares em outros países e que é possível encontrar o HAARP no Google Maps.


03 – ROSWELL

Roswell (1947), como já mencionamos em Temos provas definitivas de vida alienígena?, foi o incidente que moldou a ufologia como a conhecemos hoje.

Em 8 de julho de 1947, um disco voador teria caído em um rancho a 120km da cidade de Roswell, no Novo México, sendo posteriormente capturado pelo exército americano. Essa alegação foi publicada na capa do jornal local Roswell Daily Record.

fonte – Wikipédia

Inicialmente, os militares confirmaram a história, por meio do major da Força Aérea americana Jesse Marcel. No entanto, poucas horas depois, a versão oficial foi alterada: o objeto seria, na verdade, um balão meteorológico.

O incidente acabou sendo esquecido, afinal, ocorreu em uma cidade pequena, foi divulgado apenas por um jornal local e logo depois houve uma retratação oficial por parte do exército.

Em 1978, Lydia Sleppy relatou uma história contada por sua filha, que estava em Roswell na época, durante uma transmissão de rádio em Albuquerque. Segundo ela, sua filha teria dito que um OVNI caiu na cidade, foi capturado pelo exército e levado para Wright Field, em Ohio. Lydia afirma que, nesse momento, a transmissão foi interrompida, e uma mensagem teria sido ouvida: “Não continue com a transmissão. FBI.” Esse episódio chamou a atenção do físico Stanton Terry Friedman, que mais tarde fez a primeira entrevista com Jesse Marcel.

Lydia Sleppy / Jesse Marcel / Stanton Terry Friedman
Lydia Sleppy / Jesse Marcel / Stanton Terry Friedman

Posteriormente, outras pessoas que estiveram envolvidas no caso de alguma forma também deram declarações, confirmando a queda de um disco voador. Algumas afirmaram, inclusive, que corpos — e até um alienígena vivo — teriam sido capturados e o governo americano segue negando até os dias de hoje.


04 – ÁREA 51

A Área 51 nada mais é do que uma base militar ultrassecreta (hoje, nem tão secreta assim) da Força Aérea dos Estados Unidos, localizada em Nevada, onde antigamente existia o Lago Groom Lake.

Apesar de sua existência, ela só foi oficialmente reconhecida em 2013, quando documentos da CIA foram liberados por meio da Lei de Acesso à Informação. Essa lei também existe no Brasil e foi responsável, por exemplo, pela liberação de documentos da Operação Prato. Na época, até o então presidente Obama mencionou a base, afirmando que ela existia, mas que o que acontecia lá não era tão emocionante quanto as pessoas imaginavam.

De acordo com os documentos, a Área 51 era usada para testar aeronaves militares secretas, como o U-2 Spy Plane, o SR-71 Blackbird e o F-117 Nighthawk. Por serem projetos ultrassecretos, isso justificava a negação oficial da existência da base.

U-2 Spy Plane / SR-71 Blackbird / F-117 Nighthawk
U-2 Spy Plane / SR-71 Blackbird / F-117 Nighthawk

Desde os anos 1950, muitas teorias surgiram, como:

  • Os destroços de Roswell (1947) e um alienígena vivo teriam sido levados para lá;

  • Não havia apenas essa nave, mas outras que eram usadas para engenharia reversa;

  • Alienígenas (não os de Roswell, mas outros) cooperavam com o governo, indo e vindo da base.

Há ainda quem afirme que chips de silício, fibra óptica, processadores e até o Kevlar foram desenvolvidos lá a partir dos destroços de Roswell. Além disso, indivíduos que alegaram trabalhar na base, como Bob Lazar, afirmaram que faziam engenharia reversa em naves alienígenas.

Bob Lazar
Bob Lazar

O mistério em torno da Área 51 é reforçado pelo rígido esquema de segurança: pessoas que se aproximam demais da base correm o risco de serem detidas – há placas por toda a região alertando sobre o uso de força letal contra intrusos. Além disso, existe uma companhia aérea secreta, informalmente conhecida como Janet Airlines, que opera voos exclusivos para transportar funcionários entre Las Vegas e a base e curiosamente os aviões da Janet Airlines, todos pintados de branco e sem identificação visível, decolam de um terminal restrito no Aeroporto Internacional McCarran, aumentando ainda mais o clima de sigilo.

Conhece mais conspirações? Você pode colocar nos comentários.

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